Hinários de Cura
Além dos hinos do caderno de Cura, podem ser cantados outros, sempre de acordo com as solicitações do próprio trabalho e autorização do dirigente. Em alguns casos podem ser abertos outros hinários também empregados para cura como é o caso, principalmente, dos hinários de João Pedro, Tetê e dos Finados (Antonio Gomes, Maria Damião, Germano Guilherme e João Pereira).
A corrente de cura exige total concentração e atenção no objetivo do trabalho para que os doentes possam se entregar com toda a confiança ao trabalho espiritual a fim de obter compreensão das causas físicas, mentais e kármicas de sua doença e das transformações exigidas para que as curas possam ocorrer e se manterem.
A abertura é normal: Oração, Consagração do Aposento, pequena concentração e início do Hinário de Cura.
É usada a farda azul, as pessoas permanecem sentadas em tomo do Cruzeiro. A mesa é preferencialmente constituída por 6, 7, 9, ou 12 pessoas, incluindo o presidente da mesa.
Os beneficiados não devem sentar diretamente na mesa, podendo ser acomodados sempre próximos à mesa de trabalho. Se necessário, podem permanecer durante o trabalho no quarto de atendimento de cura. Como é habitual, homens e mulheres sentam separadamente. De acordo com o trabalho, quando houver médiuns curadores em serviço, eles podem se movimentar no atendimento aos doentes, sempre de acordo com o presidente da mesa. Deve permanecer no salão um fiscal e também um outro no terreiro, além do despachador de Santo Daime (não necessariamente o presidente da mesa). Devem ser evitados os instrumentos musicais, inclusive maracás, quando não há uma equipe treinada adequadamente. Os hinos devem ser bem cadenciados, intercalados com pausa, a critério do chefe da sessão.
A praxe é fazer o primeiro despacho do Santo Daime antes da Oração, outro após a concentração ou no início do Hinário de Cura. E ainda um terceiro despacho opcional do hino O Daime, do Padrinho Alfredo, em diante.
Durante os despachos canta-se os hinos do Daime.
É apropriado que os locais onde acontecem os trabalhos de cura tenham acomodações apropriadas para receber os doentes.