É
verdade que cinco anos se passaram, mas os assuntos
e estudos estão sempre na pauta, especialmente a legalidade
e o reconhecimento das tradições enteógenas na sociedade moderna,
e nesse sentido o caso da Espanha é sempre uma referência
importante. Tenho ouvido muita coisa sobre aqueles fatos,
e percebo que a desinformação é grande, provavelmente falha
nossa, e talvez seja esse um dos motivos de retomar o fio
daquela comunicação.
Ainda durante a tempestade - comentávamos isso nas conversas noturnas, dentro da cela - tanto eu como o Chico sabíamos que a história havia ficado grande. Não podíamos ter certeza se era parte do plano, se estava tudo preparado e tinha que acontecer daquela maneira, mas uma frase ficou gravada na memória: "se não era, virou". Evidente que não se tratava mais de um caso pessoal ou particular nosso. Estava em andamento um capítulo importante na história das plantas sagradas americanas, agora atravessando os portões do velho continente.
Era a Espanha e o ano dois mil. Estava em jogo o abrir ou fechar de uma grande porta, e minha vontade era buscar as origens das tradições enteógenas americanas, sua história, desde a antiguidade até os dias atuais, e sua sobrevivência aos quinhentos anos de conquista. Era o caminho natural para provar a legitimidade destas tradições: a utilização das plantas sagradas - com respeito e seriedade - em busca de conhecimentos, uma prática muito antiga e difundida nas Américas. Para completar ainda mais estávamos justamente na Espanha, Abril do ano dois mil, e se falava muito da chegada dos europeus ao novo mundo, do encontro das civilizações, os navegantes e os povos pré-colombianas, e nesses ambientes nasceu a idéia - semente - deste trabalho.
Hoje posso dizer que o primeiro passo foi dado. O primeiro
volume - um livro - está pronto. O lançamento inicial
foi no Rio de Janeiro, uma bela festa, com muitas e importantes
presenças, e novas atividades estão sendo programadas
para outras cidades.
O titulo é:
"Os incas, as plantas de poder e um tribunal espanhol"
Editora Mauad.
A
capa - sua arte - cabe ao Guta, grande amigo e artista, e
o prefácio - outro grande trunfo - é assinado
por Leonardo Boff.
O livro já pode ser adquirido em diversas livrarias,
ou via internet pelo site da Editora (www.mauad.com.br)
sem custos para entrega em sua residência. Para colocar
o livro em alguma nova livraria basta fazer o contato direto
com a Editora, e para colocar (em consignação)
em algum outro espaço, sem ser livraria, ou nas Igrejas,
o contato pode ser feito diretamente com o autor (feramazon@yahoo.com.br).
Vejam agora - na quarta capa abaixo - trechos do prefácio
do Leonardo, certamente um documento histórico - até
independente do livro - sobre as tradições ayahuasqueiras
americanas"
Um abraço a todos,
Fernando Ribeiro
feramazon@yahoo.com.br
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