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Mesa Branca - Mensagens de São Lázaro
- Fevereiro
1986. Sobre remédios.
O processo de doença é um processo em que se dá uma eliminação
do plano espiritual através da matéria. Neste caso o remédio funciona naturalmente, ou
seja, sem interferência na duração da vida, como um dreno. Drenando o foco da doença,
proporciona a expulsão desta. Alguns remédios do tipo balsâmico ou com associação
balsâmica (como o gengibre) são tratamentos adequados a processos de doença do tipo que
requer muito repouso, pois no caso, associa duas velocidades semelhantes no plano da
matéria, para interferir ou estimular o processo no plano espiritual. Na verdade, o
processo se realiza sempre no plano espiritual. Existirão remédios, de uso também
tópico, com efeitos mais radicais, como é o caso das ervas de poder aplicados
topicamente, e que agirão a contento em casos aparentemente graves, com aspecto
superficial e que denota uma eliminação em fase de conclusão. Já o uso de remédios
anti-naturais, ou seja, que interferem na direção do processo natural (tais como
antibióticos) é causador de grande sofrimento espiritual, pois o processo que ocorre na
matéria torna-se mais rápido que a memória espiritual, causando um colapso no processo
de assimilação do espírito. É quando o homem se desafia a si mesmo, desafia a vida,
desafia a luz de Deus, e então recebe inconsciência, recebe o desajuste do espírito na
matéria, produzindo a necessidade de mais processos de doença para que haja eliminação
do plano espiritual.
Lázaro.
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- 07 abril 1986.
Sobre a dor.
A
dor que pesa sobre vossos corações nem sempre vos pertence diretamente.
Pode ser a dor de outro espírito encarnado ou desencarnado.
Pode ainda ser uma dor maior, uma dor coletiva, a dor do Homem, a dor do Cristo.
Não deves repelir nenhuma delas. Abri vossos corações para a dor e dela vos chegará a
luz. Pois a Paixão de Cristo tem exatamente este significado. Se uma dor pertence
diretamente ao vosso espírito, só alcançareis a luz, quando por ela passares e puderes
compreendê-la.
Se a dor vos chega de outro espírito, orai e agradecei a Deus por vos fazer portadores de
tão nobre missão, tal a de ajudar vossos irmãos a suportar e transcender o sofrimento,
fazendo com que através de vossas orações sobre ele recaia a Luz.
Se a dor de toda humanidade recai sobre vós, lançai-vos de joelhos e estendei vossas
mãos em busca da corrente, pois está sendo aberto o caminho que leva a Deus Pai e
somente através do qual o Homem alcançará a verdadeira condição de filho de Deus.
Louvai, pois, e agradecei de joelhos toda e qualquer dor que vos possa chegar, da mesma
forma que recebeis a alegria e o amor, pois por intermediário desta dualidade vos
chegará a noção da harmonia Divina.
Lázaro.
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- 13 julho 1987.
Sobre a natureza de doença.
A
dor é um sinal. A ferida é um sinal. Toda manifestação material da doença são
sinais.
A doença não são várias, mas apenas uma. E ela é de caráter totalmente espiritual.
A doença está mais além que a própria dor ou chaga espiritual. Tanto para espíritos
que se encontram encarnados como para desencarnados, a doença significa um sinal de falta
de entrega, de acovardamento do espírito diante da sua realidade do seu carma, da sua
missão.
A doença é portanto um sinônimo de escuridão, de recusa da luz, de falta de permissão
para receber no coração a Divina alegria da Vida Eterna. A doença é o medo. Não
devemos encarar com rechaço, porém, os sinais ou manifestações da doença.
Lázaro.
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- 14 julho 1987.
Sobre os passos da cura.
Todos
nós somos portadores do vírus da doença. E a doença é uma só.
Reconhecer em si um eventual foco da doença é o primeiro passo na direção da cura.
O segundo é a vontade. A vontade como expressão divina em nós é o primeiro remédio.
Aquele que conduzirá a fé que é o estado de cura. Fixemo-nos no primeiro passo.
Reconhecer em si a doença implica em tratar-se a si mesmo como doente. E praticar, em
relação a si próprio, o perdão, a indulgência, a misericórdia, a paciência e
também o rigor.
Não apenas uma parte destes atributos divinos, mas todos eles.
Trabalhar consigo mesmo como se fôssemos médicos curando um paciente. Com consciência e
amor, sem aparências, com realidade. Não aparentar sinais de cura se não forem
verdadeiros rigor. Não exigir de si um passo que ainda não se tem condição de
dar - paciência. Amar-se a si mesmo como a todos os filhos de Deus, e tratar-se com
carinho, com delicadeza, com cuidado, sem julgamento.
Perdoar-se a si mesmo e oferecer-se a possibilidade da cura, o direito à porta aberta
misericórdia. Aprender o valor do repouso, não caminhar a frente de si mesmo -
humildade.
A cura vem para o doente que se reconhece como tal e decide se curar.
A cura é a fé em Deus. É a auto-permissão para viver eternamente com saúde e alegria.
Lázaro.
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- 12 dezembro
1987. Sobre o significado da doença.
Se
compreendemos a questão da saúde e da doença dentro do processo de sucessivas
encarnações, devemos firmar nossa atenção no ponto que se refere ao significado de
cada doença na vida de cada ser. Cada doença tem um significado específico, sendo uma
lapidação da matéria para permitir que o filho ouça o Pai. Através pois, de cada
doença, o Senhor fala a seus filhos, dá-lhes um determinado recado.
Com certeza não é necessário estar-se doente para ouvir o Pai. Porém, está-se doente
quando o vigor material submerge a voz do Mestre que fala ao espírito de cada um. Quando
o homem não consegue bem empregar a energia que se expressa através do vigor material,
não conseguindo permitir que a matéria seja canal para a realização de Deus.
Fazendo-se assim necessário, afetar o equilíbrio material para manifestar o
desequilíbrio espiritual, a cegueira, o fechamento do espírito. Compreende-se então, a
partir desta afirmação, que a natureza e a gravidade da doença estão diretamente
relacionados com a natureza e a gravidade do fechamento espiritual. Se bem compreendemos
esta afirmação, o processo de diagnose fica liberto da enganosa tendência de ir buscar
os determinantes da doença apenas dentro do espaço de vida que compreende a encarnação
presente. Ou seja, ao se lançar no estudo da diagnose, deve-se acompanhar o fio da vida
espiritual, entrando ou abrindo canal para a compreensão de encarnações passadas, da
questão cármica, da missão, etc.
É importante assinalar que as doenças reúnem informações sobre o ponto de abertura ou
fechamento espiritual em que se encontra o paciente e apenas neste sentido aproxima os
pacientes portadores de uma mesma enfermidade. Porém, para tratarmos um paciente,
consideraremos a história dele que difere da de um outro portador da mesma doença.
E só a voz do Pai poderá dizer qual o quinhão de entrega que Ele veio buscar neste ou
naquele processo de doença. Por isso, todas as linhas de medicação devem ser
respeitadas desde que compreendidas como uma força de atuar como limpador dos caminhos
para que se faça ouvir a voz de Deus.
Lázaro.
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- 14 julho
1995. Sobre a humildade no processo de cura.
Se esperas de Deus a tua cura, deves tornar-te em nada, reduzir o teu Eu a zero, deve
morrer em ti toda opinião ou julgamento mesmo a respeito de ti próprio. Deve morrer em
ti toda aparência. Não deves aparentar a transformação, pois a transformação da
morte em vida está somente na mão poderosa do onipotente.
A doença é Deus quem permite para que mate em nós o nosso Eu errado. A doença pode ser
bom aliado se nela enxergares a mão do Onipotente. Deixa-te morrer, Eu orgulhoso, para
que os teus restos apodrecidos adubem a terra e nela o Divino possa semear a primeira
semente boa, a esperança. Quando esta semente germinar e tu fores apenas um pequenino
raio verde de esperança, sejas apenas isso. Sejas apenas esperança em Deus. Perante aos
teus semelhantes não te engrandeças pela tua fé. O engano está em ti sentires eleito
entre os teus irmãos. Se fores humilde e atencioso e ouvires a todos com receptividade e
sem julgamento, terás facilidade quando o Onipotente estender a Sua mão. Pois Ele te
testificará e só Ele mesmo sabe como ou através de que meio se apresentará a ti. Não
tenhas expectativas, apenas esperança. Da esperança nascerá a tua fé. E a tua fé é a
cura que esperas do Divino, pois quando Ele vir em ti esta luz, derramará sobre ti a
vida, para sempre.
Lázaro.
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