Tiveram continuidade na última 
                        quarta-feira, dia 28 de junho de 2006, as reuniões 
                        do GMT/ CONAD. A segunda reunião buscou estabelecer 
                        uma pauta e uma metodologia para que o objetivo deste 
                        grupo possa ser cumprido.
                      A resolução nº 5 do CONAD 
                        (anexa) diz que o GMT tem o prazo de 180 dias para apresentar 
                        um documento que estabeleça uma “deontologia 
                        da Ayahuasca”.
                      Pela interpretação da presidência 
                        da SENAD, este documento será um parecer a ser 
                        apreciado pelo Conselho em 180 dias, base para uma regulamentação 
                        definitiva do nosso sacramento.
                      Na primeira reunião do grupo constatamos 
                        a importância histórica da sua formação 
                        e a responsabilidade enorme que ele está assumindo.Responsabilidade 
                        que não é apenas do Governo Federal mas 
                        também e principalmente das instituições 
                        que devem estar `a altura de sua participação 
                        no GMT.
                      O Governo fez sua parte nos chamando de 
                        uma forma democrática a escolhermos nossos representantes 
                        para sentarmos juntos na mesa que irá propor para 
                        a decisão do poder público federal o que 
                        consideramos justo em relação `a Ayahuasca/Daime 
                        para o Brasil e para o mundo.
                      Por outro lado, nós, as entidades 
                        devemos nos esforçar em conseguir no GMT uma agenda 
                        positiva e uma soma de esforços em prol do interesse 
                        comum de ver nosso sacramento livre.
                      Para isso temos onde nos firmar, na medida 
                        em que a posição das autoridades é 
                        clara neste sentido, frisando que o plano de ação 
                        deve se limitar ao que está proposto na Resolução 
                        nº 5, a saber : procedimentos e princípios 
                        corretos para que as tradições dos diversos 
                        credos e doutrinas que se unem (e `as vezes se desunem) 
                        em torno do mesmo sacramento, possam exercer sua liberdade 
                        de crença.Esta é uma tradução 
                        livre para a tal deontologia da Ayahuasca.
                      Aquilo que não estiver contido nesta 
                        deontologia, fica naturalmente passível de ser 
                        abordado, dialogado e se necessário, enquadrado 
                        dentro dos termos que foram estabelecidos a partir das 
                        ponderações do GMT.
                      As instituições religiosas 
                        deverão manter os canais necessários com 
                        o poder público a fim de zelar pelo bom cumprimento 
                        dos acordos e compromissos realizados.
                      Mas apesar desta grande vitória que 
                        foi a formação do GMT e os princípios 
                        expressos nas resoluções, existem ainda 
                        forças bastante conservadoras fazendo loby, enviando 
                        cartas `as instituições internacionais contra 
                        a regulamentação, procurando reverter o 
                        status de legitimidade e legalidade já alcançados, 
                        etc.
                      Mais um motivo portanto para promovermos 
                        a união de todas as nossas linhas, respeitada as 
                        diferenças e diversidades .
                      Em função disso, a postura 
                        do GMT tem que ser politicamente bastante madura e eficiente 
                        o ponto de vista técnico, para apresentar soluções 
                        viáveis e bem embaçadas para as autoridades 
                        e poderes constituídos.
                      Sem esquecer que preservar o GMT de pendências 
                        entre as agremiações apenas preserva este 
                        privilegiado fórum para que ele possa inspirar 
                        realizar bons resultados para nossa causa comum. E não 
                        nos impede que possamos criar outros fóruns entre 
                        as instituições religiosas, a fim de que 
                        elas se conheçam melhor, pratiquem o ecumenismo 
                        e debatam com respeito e fraternidade suas questões, 
                        inclusive no que diz respeitos aos fundamentos deontológicos 
                        acordados pelo GMT. 
                      Feita essas considerações 
                        iniciais, destacaria os temas e momentos mais importante 
                        desta segunda rodada: